art dan verkys
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Pupa negra entre muitas pré-crisálidas-arco-íris ocultamente posicionadas no ventre orbiculoso.
Orelha d’onça, parda e sem unhas, ascendendo durante o equinócio. Sem opressão
aos corpos vizinhos, suavemente cortam-lhe úlceras e renovam a primavera. A
pupa negra, como uma mariposa maculosa, carrega o morbo pela noite e deixa o
silêncio. A quietude precede o alongar das multicoloridas escamas. As refrações
cromatizam o inverno daltônico e o arco-íris em revoada anuncia a renovação.
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Bruno Sevá Pessôa é biólogo de formação pela
Universidade Estadual de Campinas. Atualmente mora na Holanda onde realiza
doutoramento em farmacologia pelo Erasmus Medical Center, em Rotterdam. Escreve poesia. Ainda inédito em
livro solo.
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