sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
cadáver rosa-fúcsia-salmão
formigas perdem o sono de comida. da janela do carro observam os produtos metalizados com veda-tudo e aerossóis anti-mofo.
nas texturas das paredes passeiam, a olhos vistos, os resíduos das suas matas carameladas de açúcares, whiskas sachê, e uma farofa rica de ração humana.
enquanto brilham, formigas, entre formiga verde-musgo, há gatos brancos e malhados sobre e abaixo dum cadáver rosa em rosa-fúcsia-salmão.
palavras adriana zapparoli
imagem davide de agostini art
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